AFINAL O QUE É TRAUMA?

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Vamos começar por definir o que é trauma no contexto psicológico. Trata-se de uma experiência emocional dolorosa e negativa que pode promover o adoecimento mental e até mesmo lesões físicas no indivíduo.

É relativamente recente o emprego do termo ”trauma” para designar acontecimentos muito comuns que ocorrem com os indivíduos especialmente ( mas não exclusivamente ) na infância e que muitas vezes são esquecidos, ou melhor, armazenados no inconsciente para proteger a pessoa da dor da lembrança. Trata-se de uma ferida que não sarou. A ferida é o que aconteceu dentro da pessoa, não o que aconteceu fora, e isto causa uma desconexão consigo mesmo.

Quanto mais precoce, ou seja, nos 1os meses ou anos de vida, maior é o trauma, uma vez que a criança por necessidade de amor e dependência dos adultos, guarda, esquece, esconde a dor, muitas vezes a vergonha e até falta de valor que atribui a si mesmo.

Entretanto, as marcas deixadas pelo trauma, seguem com ela por toda a vida tornando difícil estar no presente. Sintomas como tristeza, depressão, solidão, culpa, sentimentos de vazio, de inadequação, dificuldades de relacionamento e convívio social e até mesmo dores físicas.

Os traumas são intergeracionais! Ou seja, são passados de geração para geração.

Fomos todos crianças com necessidades que não foram integralmente atendidas. Viemos de outros dois adultos que também foram crianças e que carregaram lembranças e experiências dolorosas e que de uma forma ou de outra transmitiram traumas a seus descendentes.

“Existem crianças sensíveis que descarregam a dor das gerações e os traumas dos pais” ( Dr Gabor Matté).

Importante salientar que não há nada de errado com aquele que sofre um trauma! A grande maioria de nós vivenciou traumas de menor ou maior impacto em nossa infância.

Como romper então com estes velhos padrões?

O que existe em mim que está comprometido com os velhos hábitos? Não se trata de uma pergunta de autojulgamento, mas sim uma reflexão.

“Ok, o que é? Se você percebe que está de volta ao padrão, reflita sobre o que o desencadeou. De que outra forma poderia ter respondido? O que você pode aprender com isso?

Você vai descobrir que estes padrões foram a forma como você se manteve vivo e pertencente a uma família, merecedor de amor. E hoje, em sua vida adulta, inconscientemente você escolhe seguir assim.

Embora doloroso, o trauma, precisa ser reconhecido.

Qual é a ferida que sofri? Onde estou sensível? Onde dói?

O trauma deixa cicatrizes. Reconhece-las é uma forma de conviver com elas. É dizer SIM a vida!

Se está difícil, busque ajuda profissional! E traga luz, compreensão e conforto a si mesmo.